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Crítica de Wicked: Parte 2

  • mindinmaia
  • 25 de nov.
  • 3 min de leitura

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Quando um filme faz enorme sucesso, sua continuação costuma vir acompanhada de duas emoções: a ansiedade e o medo de que ele não consiga alcançar as expectativas criadas pelo antecessor. Wicked: Parte 2, que estreou nesta quarta-feira, 19, felizmente não sofre desse mal.


A história começa exatamente onde o primeiro filme termina. Elphaba (Cynthia Erivo), a Bruxa Má do Oeste, agora vive isolada, totalmente dedicada a desmascarar o Mágico de Oz e a lutar pelos direitos dos animais. Enquanto isso, Glinda (Ariana Grande) permanece na Cidade Esmeralda como a “Glinda, a Boa”, trabalhando ao lado do Mágico (Jeff Goldblum), de Fiyero (Jonathan Bailey) e de Madame Morrible (Michelle Yeoh). Juntos, eles manipulam a imagem pública de Elphaba para manter o controle sobre Oz. Glinda, assim como Fiyero, acaba funcionando quase como uma marionete, consequência direta das escolhas que ela mesma fez no primeiro filme, ao decidir não partir e não se rebelar ao lado da amiga.


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Vale lembrar que Wicked é baseado no musical da Broadway de mesmo nome, estreado em 30 de outubro de 2003, que por sua vez foi inspirado no livro Wicked (1995). Este, por sua vez, deriva do clássico filme O Mágico de Oz (1939), inspirado no livro O Maravilhoso Mágico de Oz (1900). Ou seja: Oz é um universo amplamente explorado e amado, há mais de um século.


A segunda parte de Wicked adota um tom significativamente mais sombrio e pesado, guiado por uma sequência de eventos dolorosos e emocionalmente complexos. Graças às atuações impecáveis das protagonistas, o espectador compreende com profundidade as entrelinhas da narrativa e é justamente aí que reside sua força.


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Nesta continuação, conhecemos mais do passado de Glinda e de suas motivações. O Mágico surge querendo novamente captar a Elphaba para o seu lado, porém é frágil e vulnerável, algo que não prejudica o filme, afinal, seu único “poder” sempre foi a crença das pessoas. Uma vez desmascarado por uma bruxa verdadeiramente poderosa, é natural que ele se mostre impotente, especialmente liderando um exército formado por animais escravizados, justamente a causa pela qual sua “inimiga” luta. O filme vai muito além da queda do Mágico: ele fala sobre sacrifício, princípios e coragem para fazer o que é certo.


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Há diversas referências diretas ao filme de 1939, e muitos eventos acontecem em paralelo à história original, com pequenas alterações. Isso agrada bastante aos fãs mais antigos. O longa também evita mostrar o rosto da Dorothy, provavelmente para não criar uma “nova imagem oficial” da personagem na mente do público.


A única conexão que se perde um pouco está relacionada aos sapatinhos de rubi, originalmente pertencentes à Bruxa do Leste e entregues a Dorothy por Glinda. Diferente do clássico de 1939, aqui os sapatos não protegem Dorothy da Bruxa Má do Oeste, o que gera um pequeno ruído, já que o espectador naturalmente se pergunta: “Por que ela simplesmente não retira os sapatos?” Afinal, a Elphaba do filme não tem intenção de machucar Dorothy.


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Em termos emocionais, Wicked: Parte 2 é ainda mais intenso e profundamente arrebatador. Os temas são sensíveis e pesados, e funcionam porque se apoiam na força individual e conjunta de Glinda e Elphaba. No fim, este é um filme sobre sacrifícios, coragem, identidade e uma das amizades mais poderosas e emocionantes das telonas e dos palcos.


O filme traz ainda duas músicas inéditas que não estavam na peça:

No Place Like Home”, interpretada por Cynthia Erivo

The Girl in the Bubble”, cantada por Ariana Grande


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Com isso, Wicked: Parte 2 entrega um final digno, emocionante e à altura da grandiosidade que a história merece. Vale lembrar que o longa tem um público-alvo bastante específico, por ser um musical caricato dentro de um universo fantasioso. Mas, para quem gosta e abraça a proposta, é um espetáculo completo e certamente marcante na história do cinema.


★★★★☆ 4/5

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