Crítica de Uma Sexta-Feira Mais Louca Ainda
- mindinmaia
- há 3 dias
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Atualizado: há 3 dias

Uma Sexta-Feira Mais Louca Ainda continuação de Sexta-Feira Muito Louca (2003), chega aos cinemas no dia 7 de agosto de 2025, mais de duas décadas após o primeiro filme. O retorno desperta nos fãs — agora adultos — uma deliciosa sensação de nostalgia.
O longa traz de volta o elenco original: Lindsay Lohan como Anna Coleman (filha), Jamie Lee Curtis como Tess Coleman (mãe), Chad Michael Murray como Jake (antigo interesse amoroso de Anna), Ryan Malgarini como Harry (irmão caçula de Anna — ainda que praticamente ignorado na trama), Mark Harmon como Ryan (marido de Tess), Christina Vidal Mitchell como Maddie (amiga e integrante da banda Pink Slip), Haley Hudson como Peg (também integrante da banda), Rosalind Chao como Pei‑Pei (da família responsável pelos famosos cookies mágicos) e outros rostos conhecidos.
Desta vez, a direção fica a cargo de Nisha Ganatra — conhecida por Late Night (2019), The High Note (2020) e episódios de Welcome to Chippendales. Diferente de Mark Waters, diretor do filme de 2003, Nisha promete equilibrar nostalgia e renovação, humor e emoção. Tanto Jamie Lee Curtis quanto Lindsay Lohan afirmaram que este filme será mais engraçado e também mais emocional, mantendo a química que encantou o público e explorando temas familiares com mais profundidade.

A trama se passa vinte anos após a primeira troca de corpos. Anna Coleman (Lindsay Lohan) agora é uma mãe adulta prestes a se casar. Quando um novo acidente mágico acontece, ela troca de corpo com sua filha adolescente, Harper — e, para complicar, a filha do noivo também entra na confusão. Juntas, três gerações precisarão lidar com os desafios umas das outras e restaurar a ordem antes do grande dia.
Fazer uma sequência de um clássico, ainda mais duas décadas depois, é sempre uma tarefa arriscada. Muitos fãs ficam apreensivos, já que diversas continuações recentes não chegam nem perto da qualidade do original. Mas aqui, a boa notícia: Uma Sexta-Feira Mais Louca Ainda entrega exatamente o que prometeu.

O filme talvez não tenha o mesmo impacto icônico de 2003, mas traz uma história com mais dramas e núcleos, com uma maior quantidade de dilemas familiares. O grande trunfo da franquia continua sendo a forma leve e envolvente com que trabalha dramas familiares, alcançando diferentes públicos com naturalidade. O tom de comédia é um destaque absoluto: há muito tempo um filme não provocava risadas tão genuínas, fugindo das piadas forçadas que se tornaram comuns. Jamie Lee Curtis está brilhante — e Lindsay Lohan também entrega uma performance afiada, mostrando todo seu carisma e talento.
Entre os novos rostos estão Harper, Lily e Eric, interpretados respectivamente por Julia Butters, Sophia Hammons e Manny Jacinto. Embora Eric e Lily não se destaquem tanto, Harper é uma adição vibrante e conquista o público.

A produção também sabe como agradar os fãs da primeira geração. Há música nova! A faixa inédita Baby, cantada por Lindsay Lohan, e a nova versão oficial de Take Me Away (sim, exatamente o que os fãs pediram!) reforçam o clima nostálgico. Além disso, o filme traz referências e recriações de cenas icônicas feitas com carinho para o público que cresceu com o original.
No fim, Uma Sexta-Feira Mais Louca Ainda diverte, emociona e entrega uma boa dose de nostalgia, ao mesmo tempo em que renova a história para uma nova geração. É um filme para todas as idades — e vale muito a pena assistir, especialmente em boa companhia.
★★★★☆ 4/5