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Crítica de Venom: Tempo de Carnificina

  • mindinmaia
  • 5 de out. de 2021
  • 3 min de leitura

Atualizado: 28 de jun. de 2022


Após o sucesso de bilheteria estrondoso de Venom (2018), ficou claro que a Sony daria uma continuidade à história do anti-herói mais adorado da Marvel. E não foi surpresa: ainda no mesmo ano, a sequência era confirmada, após o estúdio embolsar pouco mais de 800 milhões de dólares.


Na época, havia rumores de que a Disney estaria interessada em incorporar alguns estúdios e, um deles, seria a Fox, detentora de parte dos direitos de exibição da Marvel e, como todos sabemos, a Sony também detinha alguns destes direitos. Bem, em 2019, por cerca de 71 bilhões de dólares, a Fox era vendida. Com isso, a novela do cabeça de teia começou a se intensificar e, junto, veio os destinos de Venom e dos recém-anunciados Morbius e, ainda sem muita informação, o longa de Kraven, o Caçador. Mas, o que tudo isso tem em comum com Venom: Tempo de Carnificina?

Anos após os eventos do primeiro filme, Eddie Brock (Tom Hardy) tenta se reinventar e voltar com sua carreira de jornalista investigativo, quando é “convidado” pelo encarcerado serial killer Cletus Kasady (Woody Harrelson) para divulgar informações de sua vida e detalhes sórdidos dos seus atos. Claro, tudo isso enquanto lida com o alienígena hospedado em seu corpo. Tudo vai abaixo quando uma série de acontecimentos levam à fuga de Kasady, durante sua pena de execução. Agora, Eddie/Venom precisa correr e descobrir como parar o maníaco e a materialização de tudo que há de pior “dentro” dele.

Assistir essa sequência é simplesmente um exercício de não levar nada a sério, nada: protagonistas, vilões, coadjuvantes, história. Nenhum núcleo é bem executado. E é algo bastante frustrante, sabendo que temos Andy Serkis como diretor, o homem por trás do Gollum (O Senhor dos Anéis e O Hobbit), Caesar (Planeta dos Macacos) e Mogli: Entre Dois Mundos (2018).

Com 90 minutos de duração, o longa é apressado ao extremo, contando fatos de Kasady ainda jovem, e de uma paixão interrompida, que culmina em futuras facilitações de roteiro estilo “toma lá, dá cá”. Muitos têm elogiado o trabalho de Tom Hardy, principalmente em cenas em que lida com Venom, mas o que é visto no filme provavelmente não é a fonte dos elogios: as cenas são sofríveis, o ator tem a mesma feição em todas as situações. As cenas ditas cômicas não têm jocosidade alguma, são do mesmo nível do filme de 2018. Michelle Williams, uma das melhores atrizes da atualidade, está extremamente mal aproveitada no papel de Anne Weying, amor de Brock (sério, Roteiristas? Têm certeza?), e aparece apenas para oferecer mais um maneirismo do roteiro.

Mas, se existe algo muito danoso à imagem do filme, a quem assiste e, principalmente, ao fã, é o vilão. Woody Harrelson está muito mal e todos sabemos que não tem como culpá-lo, depois de perceber que nada no filme está diferente: a diferença entre o Cletus na prisão e com o simbionte não parece estar no mesmo filme. Claro, há quem diga que a relação (de poucas horas) com o alien mude sua personalidade, porém, o que vemos é algo tão sofrível e hediondo quanto o Coringa do Jared Leto.

A falta de elementos novos, relativos ao primeiro filme, fizeram falta aqui: cenas de desmembramento, violência gratuita e sangue, comuns na HQ e em filmes afins (como o novo Esquadrão Suicida, de James Gunn). Isso mesmo, Tempo de Carnificina não tem uma gota de sangue, ou melhor, só uma.

Quando o longa chega ao fim, todo aquele questionamento sobre as incorporações da Disney, direitos da Sony sobre personagens da Marvel e futuro dos personagens vem à tona. A experiência se torna menos dramática graças ao bom trabalho de Marco Beltrami, com trilhas enervantes, porém, mal mixadas em alguns momentos, e pela cena pós-créditos (claramente o real motivo deste filme existir), a cereja do bolo (sem fermento, trigo e açúcar). Venom: Tempo de Carnificina chega aos cinemas brasileiros no próximo dia 7.

★☆☆☆☆ 1/5




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