Crítica de The Creator
- mindinmaia
- 26 de set. de 2023
- 3 min de leitura

Resistência ou The Creator é o mais novo filme de ficção-científica da 20th Century Studios que chega às telas brasileiras no dia 28 de setembro! Dirigido por Gareth Edwards que também fez Rogue One (2016) e Godzilla (2014). É possível sentir um toque de Rogue One em The Creator, seja pela temática de existir uma resistência ou seja pela estética.

Como atores principais temos John David Washington (Tenet, Infiltrado na Klan), filho de Denzel Washington, que interpreta o Joshua; Madeleine Yuna Voyles em sua estreia como atriz, interpretando a pequena Alfie e Gemma Chan (Eternos, Capitã Marvel, Raya e o ultimo dragão) fazendo o papel da Maya. Gareth Edwars cita alguns filmes de peso como Akira (1988), E.T.: O Extraterrestre (1982) e Blade Runner: O Caçador de Andróides (1982) de que ele tomou como inspiração.

O filme retrata uma guerra entre a IA (inteligência artificial) e a humanidade no futuro, onde o Joshua, um ex-agente (humano) tem como missão matar o criador misterioso da IA (também humano) e capturar a arma criada por ele que tem o grande poder de acabar com toda essa guerra e com a humanidade, o que eles não contavam é que essa arma seria uma criança em IA.

O longa conta com 2h e 13min e trás uma perspectiva diferente da convencional sobre essa guerra entre IA e humanidade, diferente de Exterminador do Futuro que a "Skynet" quer destruir a humanidade, ou diferente de Eu Robô (2004) com “Viki” em The Creator os robôs apenas querem liberdade, querem coabitação com a humanidade, querem paz e respeito, e eles são a resistência, pois após uma ataque em Los Angeles ocasionando várias mortes, a humanidade culpa a IA e a toma como inimiga, querendo sua extinção.

O filme possui efeitos especiais de alto nível, possui um elenco de peso, e uma temática altamente relevante na atualidade, principalmente com os grandes passos que a IA vem tomando e a febre do ChatGPT que trás uma sensação de que o filme pode não ser tão ficção assim futuramente… e nos leva a refletir qual seria a posição da humanidade. Como The Creator trata a humanidade como mais agressiva, ela tem a difícil missão de nos fazer se sensibilizar com a causa da IA, que acaba pecando um pouco, pois torna difícil ver uma batalha onde a humanidade possui várias armas tecnológicas e a IA possui apenas pistolas, o que poderia ser uma batalha épica de dois altos níveis , fica sendo um grupo altamente contido com a posição de defesa enquanto o outro vem para cima com tudo. O único relacionamento em que a posição de vulnerabilidade da IA funciona é com o Joshua e a Alphie, pois ela ainda é uma criança.

O relacionamento dos dois é bem desenvolvido, uma jornada legal de se acompanhar, porém, a coisa que mais funciona nesse filme é o relacionamento intimista entre 2 personagens, que são sim cativantes, tem sim um background bom, porém mesmo assim, o plot-twist é bem previsível chocando um total de 0 pessoas. E ainda escasso de explicações mais detalhadas sobre a origem da Alphie.

Quando se trata da guerra global, o filme perde um pouco de oportunidade de explorar o seu potencial gigantesco e uma temática tão grande e abrangente acaba se reduzindo a um drama familiar.

O filme tem grande potencial, embora, o roteiro poderia ter explorado mais a temática, dado mais explicações e tido mais confrontos épicos. Porém, o filme é sim de alta qualidade, tem grandes chances de ser sucesso de bilheteria, porque apesar de tudo sua história é relevante, leva a uma reflexão sobre o nosso futuro cenário global e o seu relacionamento principal funciona bem, tem toda sua qualidade gráfica e visual (inclusive, o IMAX é super recomendo aqui, viu!?) além de ser original, pois todo nós já cansamos e adaptações, reboots e continuações (socorro), gostaria de ver mais histórias explorando esse universo, talvez uma batalha épica final?
★★★★☆ 4/5
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