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Crítica de Segredos de Um Escândalo

  • mindinmaia
  • 25 de jan. de 2024
  • 2 min de leitura


Segredos de um Escândalo apresenta uma abordagem cinematográfica diferente do habitual ao explorar tanto a arte de fazer filmes quanto as repercussões de um escândalo sexual do passado. Sob a direção de Todd Haynes, o filme oferece duas camadas interpretativas, destacando o detalhismo obsessivo de uma atriz (Natalie Portman) estudando uma personagem e, simultaneamente, mergulhando nas vidas despedaçadas por um incidente de décadas atrás.



A narrativa se desenrola de forma lenta entre temas complexos como culpa, remorso, perdão e liberdade de escolha, proporcionando uma experiência rasa em sua grande parte de tempo. A atuação de Natalie Portman, é aceitável ao retratar o empenho e até repugnância de sua personagem ao explorar a vida de Gracie (Julianne Moore), personagem que poderia ter sido melhor aproveitada. A cena de maquiagem, em que Portman se transforma visualmente em Moore, é pontualmente impressionante.



Surpreendentemente, o destaque da produção é a atuação de Charles Melton, um ator com menos experiência, conhecido por seus papéis em filmes infanto juvenil, mas que entrega uma performance muito boa como Joe. A abordagem melancólica e enclausurada do personagem, decorrente de um passado controverso, adiciona uma camada adicional de complexidade à trama, que ao decorrer, apresenta trechos da metamorfose de uma borboleta, fazendo alusão ao desenvolvimento do personagem do Joe e a maneira como ele vai se libertando e se desprendendo dos traumas do passado, até que finalmente se sinta livre.



A fusão de personalidades e a transformação dos personagens são boas, embora venha a passar despercebido das grandes premiações. A escolha do título em inglês, "May December", reforça a temática do amor entre pessoas de idades diferentes, acrescentando uma dimensão simbólica à narrativa.


Em suma, Segredos de um Escândalo é um filme angustiante e com um ritmo lento, cujo poder reside na interseção de duas narrativas profundas e nas performances notáveis do elenco, destacando a habilidade do diretor Todd Haynes em explorar as complexidades humanas.


★★☆☆☆ 2/5

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