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Crítica de Parthenope

  • mindinmaia
  • 12 de mar.
  • 2 min de leitura
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Paolo Sorrentino, conhecido por sua estética sofisticada e narrativa contemplativa, apresenta em seu novo longa uma obra visualmente deslumbrante, mas que carece de profundidade dramática. Parthenope se constrói em torno da beleza, tanto da protagonista quanto da cidade de Nápoles, criando um filme que, embora esteticamente impecável, se revela superficial em seu desenvolvimento narrativo.


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A protagonista, interpretada por Celeste Dalla Porta, carrega o nome da sereia mitológica que, segundo a lenda, deu origem à cidade de Nápoles. Desde jovem, sua aparência é exaltada por todos ao seu redor, sendo vista como um trunfo capaz de lhe abrir portas. No entanto, Parthenope não demonstra interesse em explorar essa vantagem por meio de relacionamentos, mesmo quando figuras influentes e ricas se aproximam.

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A única conexão afetiva que se sobressai é com seu irmão, que nutre sentimentos por ela, mas, ainda assim, sua jornada está mais voltada para o autoconhecimento e crescimento acadêmico.


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A cinematografia do filme reforça constantemente essa atmosfera de fascínio, explorando a beleza tanto da personagem quanto dos cenários. O uso de planos abertos destaca as paisagens litorâneas de Nápoles, proporcionando uma imersão visual que exalta a grandiosidade da cidade e a conexão da protagonista com esse ambiente.


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Por outro lado, os closes prolongados na protagonista enfatizam o efeito magnético que ela exerce sobre os outros personagens. O figurino também reforça essa sensualidade, utilizando biquínis e vestidos decotados. Esse conjunto de elementos visuais constrói uma identidade marcante para Parthenope, mas também evidencia a dependência do filme, sem um aprofundamento maior na trama.


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Entretanto, o longa não consegue sustentar-se apenas pela estética. Quando eventos impactantes ocorrem na vida da protagonista, a falta de intensidade dramática e a superficialidade do roteiro impedem que tais momentos tenham o peso esperado. As atuações pouco expressivas contribuem para essa fragilidade, resultando em um filme que se limita a um espetáculo visual, sem a profundidade necessária para envolver o espectador emocionalmente.


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Dessa forma, Parthenope se estabelece como um retrato exuberante da beleza, mas que falha em construir um arco narrativo sólido. Sorrentino mantém sua assinatura visual impecável, mas não consegue transformar sua protagonista em algo além de uma figura estonteante e enigmática, deixando o filme preso em uma contemplação vazia.


★★☆☆☆ 2/5



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