Crítica de Os Fabelmans

Os Fabelmans é uma obra profundamente pessoal da infância na América de Steven Spielberg, conta a história de um jovem que descobre um segredo de família devastador e revela o poder do cinema para nos ajudar a saber a verdade sobre os outros e sobre nós mesmos.

Inspirado na própria infância de Spielberg, o longa metragem com 151 minutos de duração, nos apresenta o início da sua admiração pelo cinema. Produzido por Christie Markos Krieger, Spielberg e Kushner.

Somos apresentados ao Samuel Fabelman, vivendo sua paixão e ao mesmo tempo, a separação dos seus pais, além de Sammy, que quer ser chamado de Sam, o núcleo duro é formado pelo pai engenheiro, Burt; a mãe pianista, Mitzi; e as irmãs Natalie, Reggie e Lisa, além de um tio do coração que está sempre presente, o melhor amigo do pai, Bernie.

Somos envolvidos com suas tramas e subtramas, de forma imersiva e totalmente envolvente, onde desejamos cada vez mais observar através do olhar único do Sam.

Com uma trilha sonora sensível, capaz de acompanhar o ritmo da trama e apresentar como um elemento de extrema importância em sua narração.

Os Fabelmans é um filme esperançoso, capaz de envolver e comover, pela forma como o Steven Spielberg dirige e narra a história, sem fugir da autobiografia, mas criando elementos ficcionais, onde ele se insira, junto com sua declaração de amor à sétima arte e a capacidade de contar histórias com "fotografias que se movem" e sobre o relacionamento dos seus pais. Abordando temas que obviamente fazem parte da sua vida, como o antissemitimos e a sua fascinação pela segunda guerra mundial.

O filme não tem pressa, e nem precisa, ele segue conforme a música, e segue com maestria, com atuações de altíssimo nivel que conseguem passar a profundidade emocional das situações. "Filmes são sonhos que você nunca esquece" esse com certeza é um desses filmes que marcam nossas vidas e são inesquecíveis. Spielberg põe sua alma nessa produção, e quem ama essa arte sente o coração cheio e os olhos também.

★★★★★ 5/5