Crítica de Imaginário: Brinquedo Diabólico
- mindinmaia
- 10 de mar. de 2024
- 3 min de leitura
Imaginary ou Imaginário: Brinquedo diabólico é o novo filme da Blumhouse em parceria com a Lionsgate, teve seu lançamento nos EUA no dia 8 de março e chega em breve no Brasil.
A Blumhouse também é produtora de importantes filmes do gênero como Megan, Five Nights at Freddy’s, O Telefone Preto e entre outros. O mais novo filme de terror conta com a direção de Jeff Wadlow, diretor também de A Ilha da Fantasia e Verdade ou Desafio.
Jessica volta a morar na sua querida antiga casa onde quando criança vivia com seus pais. Agora mais adulta trás o seu marido e suas duas enteadas, Taylor e Alice. Alice é uma criança muito criativa e que adora brincar, com isso acaba encontrando no porão um urso de pelúcia chamando Chauncey, após isso Alice começa a apresentar comportamentos estranhos e preocupantes o suficiente para Jessica investigar até descobrir que Chauncey não é apenas um ursinho de pelúcia comum.
De primeira impressão o filme não nos apresenta nenhuma proposta inovadora, pois o tema brinquedos com demônios , crianças possuídas e casas antigas com segredos já é bem batido e está saturado na indústria, até mesmo pela própria produtora Blumhouse. Porém ao decorrer do filme, mais especificamente no terceiro ato ele consegue trazer um pingo de inovação que não salva o roteiro do filme, mas pelo menos apresenta elementos diferentes da maioria dos filmes que já existem.
Outro problema que o filme possui é o de atuação, principalmente em seu primeiro ato, que é tão mediana que acaba desconectando o espectador do filme trazendo momentos de vergonha alheia, pois além da atuação ruim e pouco convincente algumas construções de cena também são, porém a primeira é de longe a pior de todas, onde até um vídeo do youtube consegue passar mais veracidade que ela, uma direção de arte terrível com um sangue claramente falso, um timing errado para gerar algum susto ou medo.
Falta capricho e imersão no filme, fica parecendo uma das mil séries da Netflix que foi feita às pressas para fazer volume no catálogo e não um filme sério de terror que foi para as telonas.
Mesmo com orçamento de apenas 13 milhões de dólares, poderia ter se empenhado para um trabalho de qualidade superior, pois já foi provado a capacidade da produtora para tal vocação. Levando em consideração também que orçamento em filme de terror não quer dizer muita coisa já que MUITOS clássicos consolidados do gênero possuem baixo orçamento, como A bruxa de Blair, Jogos Mortais, Atividade Paranormal, porém esses filmes possuem uma criatividade que Imaginary infelizmente falha vergonhosamente.
O roteiro é altamente conveniente, com soluções com pouca lógica que são feitas para claramente dar continuidade na história, como por exemplo o pai sempre sumir e nunca tomar alguma providência sobre as situações que acontecem na casa dele com a filha dele. Ou a vizinha ser uma pesquisadora com todas as respostas para os problemas enfrentados no terceiro ato.
A única coisa que parece funcionar um pouco é a relação entre a Jessica e suas enteadas, pois inicialmente é muito complicada e vai se desenvolvendo bem ao longo do filme.
Em geral é um filme abaixo da média que não trás nada de inovador e não tem uma boa produção e nem atuação. Infelizmente para as pessoas que não se importam muito com a qualidade do filme e sim com os sustos, sinto informar que o filme também não agrada nesse quesito, servindo apenas como mais uma produção feita pela alta demanda da indústria.
★★☆☆☆ 2/5
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