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Crítica de Halloween Ends

  • mindinmaia
  • 11 de out. de 2022
  • 4 min de leitura

Atualizado: 12 de out. de 2022



Enfim, chegamos à conclusão tão aguardada pelos fãs do terror, sobretudo do mais famoso serial killer de outubro e sua final girl teimosa. A pergunta é: realmente acabou? Será que ambos tiveram um final decente, à altura? O mal acabou naquela noite? Bem, é o que descobriremos a seguir.


Haddonfiel, 1978, a cidade é totalmente revirada ao avesso após uma série de assassinatos no dia de halloween. O responsável pela chacina é Michael Myers, que escapou de um instituto psiquiátrico (onde foi internado, 15 anos atrás, após matar de forma brutal sua irmã) onde era estudado sob constante vigilância do Dr. Samuel Loomis. Quatro décadas depois, a cidade encontra-se ainda afetada por todos estes eventos. Laurie (Jamie Lee Curtis), uma sobrevivente, não acredita que aquela noite tenha acabado, e usa toda sua carga psicológica e física, se preparando, ao após ano, para um possível retorno de Myers. Ao longo deste tempo, chegou a constituir uma família, mas, o mal ainda a assombrava. E ela estava certa.


Em 2018, numa série de entrevistas, o diretor e roteirista David Gordon Green explicou que a volta da franquia, seriamente danificada ao longo dos anos, seria dividida em dois filmes, sendo o primeiro naquele ano. A ideia era ignorar tudo após o filme de 1978, dando sequencia aqueles acontecimentos, quarenta anos depois, dando também um final aos protagonistas, num segundo longa.


Por méritos próprios, Halloween (2018) foi um sucesso de crítica e bilheteria, solidificando sua sequência, ou melhor, duas. Sim, os roteiristas anunciaram que, pelo sucesso da volta da franquia, estariam preparando mais um filme.



Para alguns, a notícia caiu como um balde d’água, visto que o longa que encerraria já estava praticamente pronto. Seguiu-se.

Como profetizado por boa parte do público, Halloween Kills (2021), filme de transição, foi brutalmente massacrado pela crítica, justamente por desfazer tudo que o roteiro e direção haviam optado em ignorar: as sequencias. Como se não bastasse, quis fazer uma crítica aos movimentos de histeria em massa que não colou e só empobreceu (e emburreceu) o roteiro. Com um claro caminho definido ao seu final, Kills meio que entregou como Halloween Ends deveria ser. Mas, foi? A resposta é: Não.




ALERTA DE SPOILERS




Ends inicia com um incidente, em Haddonfield, no dia das bruxas de 2019. Sim, um ano após os eventos de Kills. Sim, toda aquela baboseira entoada pelo péssimo Tommy Doyle “O mal acaba esta noite” foi erradicada do roteiro. E, para decepcionar ainda mais, o tempo avança até 2022, onde ocorrem os eventos de Ends. Tudo que foi prometido lá em 2018, de se passar numa mesma noite, foi deixado de lado, pois a ideia era realmente acabar no filme do ano passado. Aqui, encontramos uma cidade ainda mais dilacerada pelo feriado em questão, dor inflamada pelo incidente do início do longa, onde o “babysitter” Corey mata, supostamente, a criança a quem deveria proteger. Encontramos Laurie e sua neta, Alysson, vivendo numa pacata e desprotegida casa, no centro da cidade, bem diferente da ratoeira que havia construída 4 anos atrás. Enquanto tenta viver o que lhe resta de vida, Laurie escreve memórias, numa tentativa de lidar com todo o trauma que tem vivido. Sua vida começa a mudar quando Alysson começa a se relacionar com Corey, culminando no reaparecimento do mal (com mais de uma hora de filme).

Myers, que se encontra dividindo espaço com ratos, mal aparece no filme, sendo sua primeira aparição tão rápida quanto um flash. Sendo deixado em quinto plano, a direção opta por desenvolver Corey, claramente dando indícios que ele carregaria o mal do Myers em si e, assim, perpetuando os ataques em Haddonfield. Mas, claro, a direção que não ferrou o filme suficientemente bem, resolve fazer com que ele se mate, incriminando Laurie para sua neta, numa sequência sem sentido algum. Vale lembrar que nunca foi tão fácil retirar a máscara de Michael, numa cena que mais parecia ter saído de um filme dos Trapalhões. Assim, depois de ser esfaqueado, metralhado, pisoteado, degolado ... no final de Kills, Myers se despede da forma mais tosca já imaginada: tendo seu sangue drenado e seu corpo destruído numa máquina de triturar ferro velho.




FIM DOS SPOILERS





A decisão adotada pela direção, roteiro e produção deu a Halloween Ends um final bem apático ao que foi construído e imaginado em 2018. Primeiro, toda a adrenalina, brutalidade e impacto, marcas positivas de Kills, foi jogado no lixo. A sugestão de um vilão sobrenatural foi completamente ignorada. Se, só de pensar nessa possibilidade, coisa boa não se poderia esperar, aceitar sua exclusão para a adoção de uma alternativa fuga desastrosa, era ainda mais infindável. Mas, ocorre. E não é bem desenvolvida.


Gordon Green e Danny McBride optam pelo desenvolvimento de um personagem criado apenas para o presente filme, desenvolvendo suas camadas e o interligando aos protagonistas já conhecidos. Esse é Corey, um jovem assombrado por um incidente onde foi responsabilizado pela morte brutal de uma criança a quem lhe foi atribuída confiança para cuidar.



O personagem de Rohan Campbell é muito bem desenvolvido, com suas incertezas, medos e dores bem trabalhados. Um show de atuação por parte do ator. Porém, o destino do personagem fica numa linha tênue entre o esquecimento e a ascensão. Porém, já se imagina o caminho seguido.


Com pouca emoção e muita frustração, Halloween Ends até funciona como filme de terror independente, mas, estamos falando do mais aguardado terror do ano, sobretudo, um encerramento, proposto quatro anos atrás, de dois personagens icônicos e amplamente copiados, em todo mundo. E, como conclusão, é um péssimo e preguiçoso filme de terror. O Mal se foi, mas, o Mau permaneceu.

★★☆☆☆ 2/5

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