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Crítica de Ela Disse (She Said)

  • mindinmaia
  • 9 de dez. de 2022
  • 3 min de leitura


Onde é o limite da hierarquia corporativa? onde é o limítrofe de um subordinado(a), diante do seu superior?


Ela Disse (She Said), filme que estreia no dia 08/12/2022 aqui no Brasil, relata casos de pessoas públicas e de prestígio, na política e no cinema, que passam por fortes situações de humilhação, onde mulheres são sexualizadas e diminuídas, dentro e fora do ambiente de trabalho.



Em seus elenco, conta com Zach Grenier (Irwin Reiter), Zoe Kazan (Jodi Kantor), Carey Mulligan(Megan Twohey), Mike Houston (Harvey Weinstein), Andre Braugher (Dean Baquet) e Brad Pitty como um dos produtores.


Com a sinopse:


“Carey Mulligan, atriz nomeada para dois Oscar® da Academia e Zoe Kazan são as jornalistas Megan Twohey e Jodi Kantor do New York Times,

que descobriram uma das mais importantes histórias de uma geração -

uma história que ajudou a divulgar o movimento #MeToo, estilhaçando décadas de silêncio à volta do tema do assédio sexual em Hollywood e alterou a cultura americana para sempre O filme é baseado no

bestseller do New York Times "Ela Disse: Os bastidores da

reportagem que impulsionou o #MeToo".




A trama traz um tema complexo, com um ponto de vista ético bem definido, mas que traz polêmicas, e visões chocantes, sobre ambientes de trabalho em Hollywood e dentro da política. Cavando a fundo, casos de assédios, mostrando como o machismo ainda impera dentro das organizações e da política, onde mulheres ainda são observadas como “objetos”, com plena visão de submissão, como se suas habilidades e competência em suas profissões não fosse o suficiente para se promover ou conseguir destaque em suas carreiras.


Dirigido por Mária Schrader e com roteiro de Rebecca Lenkiewicz, Ela Disse, mostra como duas repórteres investigativas (Megan e Jodi) do NY Times, cavam fundo casos de bullying, abuso emocional, assédio sexual, submissão, humilhação sob atrizes e ex-funcionarias, principalmente no universo cinematografico.



Traz a tona como o sexismo sempre rondou (e ronda), o mercado cinematográfico (maior foco na trama), na década de 90, principalmente.


Mostra um verdadeiro “cartel do machismo” dentro do mercado cinematográfico e da política. Trazendo nomes de peso e fama que acabam sendo alvo de denúncias e como são abafados esse tipo de caso.


Como subtrama, mostra um pouco do dia a dia das jornalistas, que além da profissão, são mãe e esposa. O equilíbrio entre esse universo familiar e profissional, que tem seus riscos, através de ameaças, intimidação, quando se investiga um “vespeiro” de pessoas “graudas”.


Entre as investigações dos fatos, família, intrigas, ameaças e nervos à "flor da pele”, o filme traz um ótimo equilíbrio e é muito bem dosado na trama. Faz com que a obra fique interessante, praticamente em todos os seus mais de 90 minutos.



O cenário passa, principalmente, pela cidade de Nova Iorque, e pelos departamentos do Jornal NY Times, remetido ao ano de 2016. Porém, traz toda correria jornalística (também presente atualmente), onde a instantaneidade das informações fazem, quase, toda a diferença.


O trabalho pontual das jornalistas investigativas, que atua com seriedade e cautela as informações. Que checam as fontes. Que fomenta o direito de resposta aos acusados. Que procuram ouvir ambos os lados antes de tecer qualquer opinião (ou matéria).


Se tem a premissa de levar a verdade. Com toda a cautela para não se deixar “brechas”. E sem fake news ou clickbait, comuns atualmente.



Um tema polêmico. Que se alguma vez foi “comum” e “aceitável”, há anos, ou melhor, há décadas, não faz o menor sentido em existir, aceitar e principalmente em se calar sobre tais acontecimentos. Independentemente se o opressor é uma figura pública ou não.


Uma bela obra, que consegue passar sua mensagem, sem ser vulgar. Traz algumas narrativas para complementar o roteiro da obra e situar o telespectador para a gravidade dos casos. Porém passando longe de cenas de nudez ou algo similar.


★★★★☆ 4/5


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