Crítica de Avatar: O Caminho da Água
- mindinmaia
- 16 de fev. de 2023
- 3 min de leitura

Avatar: O Caminho da Água é a continuação direta de seu antecessor Avatar de 2009 que "apenas" é a maior bilheteria de todos os tempos, com incríveis U$ 2,847 bilhões, conquistou o público avassalador, quebrando recordes e revolucionando as telas para sempre, trazendo a tecnologia 3D para os cinemas. Será que sua continuação está a altura e irá honrar o sucesso tanto de críticas quanto de bilheteria do primeiro?
Uma coisa é certa, a missão era bastante difícil, James Cameron 13 anos depois tinha a missão de fazer um sucesso de bilheteria mundial novamente.

A trama continua focada em Jake Sully (Sam Worthington) agora como um Lider Na'vi da tribo Omaticaya junto com Neytiri, sua esposa, eles nessa década que se passou tiveram 4 filhos, sendo eles: Neteyam (Jamie Flatters), Lo'ak (Britain Dalton), Kiri (Sigourney Weaver) e Tuk (Trinity Jo-Li Bliss). Uma ameaça surge novamente, Coronel Miles está de volta, através de toda tecnologia Avatar, e ele continua sua obsessão de por Jake Sully, ele quer vingança! A explicação que o filme da para o retorno do coronel é aleatória, basicamente o filme conta que Quaritch transferiu todas as suas memórias para o corpo de um Na’vi artificial, o que se torna minimamente plausível pela tecnologia existente no filme, porém, me pareceu uma preguiça de roteiro, por que trazer uma ameaça antiga? Qual o problema de trazer novas ameaças e conflitos no mínimo com uma pessoa diferente? Talvez o James tivesse optado por apostar na Zona de conforto mesmo.
Devido a volta da perseguição do Coronel, Jake acaba optando por abandonar o seu posto e a tribo Omaticaya para a segurança tanto da sua família quanto da tribo. Na busca de um lugar para ficar ele acaba se alojando com o clã Metkayina que habita as praias de Pandora. A trama se desenvolve a partir desses fatos, sendo válido conferir no longa metragem.
Embora a trama não seja genial e definitivamente não é o ponto forte do filme, diverte bastante e o mais importante, ele não precisou de uma trama genial para ser bom!

O filme tem um ponto fortíssimo e super importante, posso dizer que é a essência desse filme é a beleza extraordinária dele.
A fotografia e efeitos visuais estão impecáveis, realmente uma coisa surreal, principalmente se visto no formato 3D e IMAX. O próprio filme sabe que o seu ponto forte é esse, tanto que ele não tem pressa alguma em mostrar a floresta do clã Omaticaya, os vôos com Toruk Makto, as praias belíssimas no clã Metkayina, os animais, as Tulkun que representam uma grandeza gigantesca nesse filme. Existem várias cenas que você acaba só admirando a paisagem mesmo, bem parecido com um simulador da Disney. (Infelizmente o 3D sem óculos não foi dessa vez).

Em geral é um filme que emociona, tem uma pegada bastante família, trabalha com temas como bullying, aceitação, preservação ambiental. Uma das coisas mais incríveis dessa franquia é a ligação espiritual da população de Pandora com o seu planeta, o seu respeito com tudo o que há nele, em contraste com os humanos, que só querem explorar o que existe ali para obter lucros. Uma situação bem real inclusive e que o contraste proporciona sim uma reflexão.

O seu último ato acaba deixando propositalmente um gancho para o próximo filme, que é esperado enfim um embate final (sem ninguém ressuscitar ou ser salvo). Em geral é uma belíssima continuação de Avatar (2009), ampliando o universo com uma nova tribo, trazendo novos personagens que possuem um background interessantíssimo e promissor, em especial a Kiri e o Spider. A Disney e o James Cameron acertaram na produção, e agora nos resta esperar 2024 para ver a continuação.
★★★★☆ 4/5
Comments