Crítica de Amor, Sublime Amor

O filme é uma adaptação dirigida por Steven Spielberg do clássico do cinema e da Broadway, o filme original de 1961 foi um grande sucesso e venceu 10 categorias do Oscar, categorias importantes como "Melhor direção" para Jerome Robbins e Robert Wise, "Melhor atuação" para Rita Moreno e George Chakiris, além de outras categorias como edição, fotografia e etc.

Apesar de ser uma adaptação podemos ver algumas diferenças do novo longa com o antigo, como por exemplo a falta de legendas em espanhol, que o Spielberg "quis fazer os estadunidenses se sentirem como os latinos", a presença de um personagem transgênero, que antes no longa de 1961 era uma mulher com traços masculinos que queria fazer parte do grupo dos Jets, desta vez temos realmente atores latinos interpretando os papéis, a Rita Moreno ( vencedora do Oscar pela versão de 1961 faz parte do filme, e ela comanda a farmácia como viúva de Doc, ao invés do próprio como era no primeiro filme, podemos perceber essas e entre outras diferenças.

Porém analisando o novo Amor, Sublime Amor, nos deparamos com a mesma trama: Os Jets (que são norte americanos brancos) e os Shark (que são um grupo de porto-riquenhos e decentes) são duas gangues rivais que vivem em constante conflito, e em paralelo a isso tem o amor impossível entre Maria ( Rachel Zagler) que é irmã do líder dos Sharks e Tony ( Ansel Elgort) que é ex-lider dos Jets.

O filme trás performances animadores e emocionantes, com danças muito bem coreografadas, tanto os figurinos, quanto a maquiagem e o cabelo bem marcantes. Além de claro uma trilha sonora impecável, o que não é de se esperar menos de um musical da Broadway.

O longa mantém todo o contexto social da época em que se passa, porém, de uma forma melhor trabalhada, inovadora, o toque que Spielberg deixa é esse. Uma obra que é uma clara crítica ao preconceito dos norte americanos com os porto-riquenhos vem agora com mais detalhes e mais referências.

Um bom destaque também é válido para a fotografia que consegue transmitir a ideia de filme e musical da Broadway ao mesmo tempo, fazendo parecer clipes e ao mesmo tempo um filme de drama.

Está é uma obra atemporal que foi muito bem adaptada para os dias de hoje, contando uma excelente direção e ótimos trabalhos de atuação, é um filme que merece destaque pela sua relevância social e permanece até hoje e pela sua genialidade de produção.

★★★★☆ 4/5