Crítica de É Assim Que Acaba
- mindinmaia
- 7 de ago. de 2024
- 2 min de leitura
O filme É Assim Que Acaba, estrelado por Blake Lively e Justin Baldoni, chega aos cinemas em agosto, trazendo para as telonas a adaptação do best-seller de Colleen Hoover. Inspirado na vida da mãe da autora, o romance aborda temas profundos como amor, perseverança e a superação de traumas geracionais. A história acompanha Lily Bloom (Blake Lively), uma jovem empreendedora que busca um novo começo em Boston, onde conhece o neurocirurgião Ryle Kincaid (Justin Baldoni). Quando o primeiro amor de Lily, Atlas Corrigan (Brandon Sklenar), reaparece repentinamente em sua vida, seu relacionamento com Ryle é abalado, e Lily percebe que deve aprender a confiar em sua própria força para confrontar seu passado e suas escolhas.
A adaptação é visualmente atraente e emocionalmente carregada, com performances que prometem fazer jus à complexidade dos personagens do livro. A escolha de Blake Lively e Isabela Ferrer para interpretar Lily Bloom, junto com Brandon Sklenar e Alex Neustaedter no papel de Atlas, reafirma a forte e madura identidade que enriquece a narrativa. Fazendo com que a diferença de idade dos atores em relação aos personagens se tornem irrelevantes diante da intensidade e autenticidade das atuações.
A adaptação parece capturar a essência emocional do livro, trazendo à tona temas de amor, sacrifício e superação. A escolha da trilha sonora é muito assertiva, My Tears Ricochet como parte da trilha já estabelece um tom profundo e introspectivo, que irá ressoar no público.
Blake Lively e Justin Baldoni, além de atuarem nos papéis principais, estão diretamente envolvidos na produção, demonstrando um comprometimento notável com a autenticidade da história. A direção de Baldoni, combinada com o roteiro escrito por Christy Hall, oferece uma abordagem sensível e cuidadosa aos temas delicados abordados no livro. Essa dedicação à fidelidade emocional e narrativa do material original torna uma adaptação promissora e impactante para os fãs do livro e novos espectadores.
No entanto, a adaptação traz vários pontos que devem ser considerados. A diferença no ritmo narrativo pode gerar críticas entre alguns fãs, especialmente devido à ausência de certos detalhes que foram cortados para se adequar ao formato do filme. Alguns cortes afetaram a dinâmica original da história.
A representação de violência doméstica e relacionamentos abusivos é tratada com muita sensibilidade no filme. Sendo a primeira adaptação cinematográfica de um livro de Hoover, as expectativas são altas, e qualquer divergência significativa do material original pode decepcionar os leitores mais fiéis. No entanto, muitas mulheres podem se sentir sensibilizadas ao verem retratadas algumas ações de relacionamento tóxico que, por vezes, foram minimizadas ou apresentadas de forma menos agressiva. A classificação indicativa do filme exigiu que algumas cenas fossem suavizadas para evitar maiores desconfortos, especialmente para aquelas que podem ter experiências pessoais similares que prefeririam esquecer.
É importante destacar que o estilo de escrita de Colleen Hoover é fora do convencional, o que pode surpreender alguns espectadores que não estão familiarizados com sua abordagem única aos "romances".
Assim como toda adaptação polêmica, É Assim Que Acaba merece ser assistido com uma mente aberta. Independentemente das diferenças de opinião, o filme oferece uma oportunidade de vivenciar a história de Lily Bloom de uma nova maneira. Portanto, é recomendável que se vá ao cinema para tirar as próprias conclusões e, descobrir novas camadas nesta narrativa sobre amor e superação. ★★★★☆ 4/5
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