Crítica de Rebirth
- mindinmaia
- 29 de set. de 2022
- 3 min de leitura

Rebirth, uma crítica bem humorada e brutal sobre empresas de marketing multinível. Para quem assiste o trailer dessa produção da Netflix, pode imaginar um cenário simplório, de alguém que tem a vida estruturada e recebe um convite para sair da rotina e fugir da realidade em um final de semana.
sinopse oficial:
Kyle (Fran Kranz) um dia é surpreendido em seu escritório por Zack (Adam Goldberg), um colega que há muito tempo não aparecia no trabalho e que volta animado com um programa do qual acabou de participar. Ele convence Kyle a experimentar tal tratamento, que passa o fim de semana sem qualquer contato e bens materiais. Mas, o que ele não imagina é que está mergulhando em uma bizarra experiência, cheia de sedução e violência.

Além do Fraz Kranz, temos Adam Goldberg, Nicky Whelan e Kat Foster, que complementam o núcleo de personagens principais da trama.
Com essa temática, com sua estreia mundial ocorrida em abril de 2016, você imagina que realmente o enredo não vai fugir muito do que o trailer mostra. Principalmente nos primeiros 30 minutos.
À medida que a experiência do Kyle vai ocorrendo, e suas reações há experiências propostas pelo “renascimento”, que é o objetivo das 48h do programa Rebirth, proposto à alguém vindo de mundo “real”,
Sabemos que todo renascimento, para ser total, precisa passar pela morte do antigo “eu”. Seja personalidade, crenças e objetivos.
O longa leva você a se questionar o que é a vida. Você realmente está “preso” a um mundo como um “zumbi”? Onde adquirir dívidas bancárias, ficar preso a bancos , e ter tudo “alugado”. Seja sua casa financiada por bancos, detentor do seu bem, trabalhar em algo que não gosta, para manter seu padrão.
Em um subtema, praticamente subliminar, percebe-se uma grande sátira com humor negro, sobre empresas que atuam com o modelo de marketing de multinível, e entram na vidas pessoas, através de vínculos sociais e prometem, após a experiência de conhecer, uma oportunidade para mudar de vida, deixar de ser “zumbi” do mercado e revolucionar sua vida se adquirir a oportunidade de negócio.

Quem já foi uma reunião de alguma oportunidade negócios de uma empresa de MMN, sabe que geralmente é alguém próximo, que já faz parte da empresa e tem a oportunidade de comercializar seus produtos ou serviços, ou, no que geralmente a grande maioria bate em cima, ampliar sua rede de associados e “filiais” de sua organização, através de novos membros. Mostrando uma liberdade de desvinculação de sua vida “presa” a “dogmas” naturais da vida, que é trabalhar, pagar contas e viver preso à uma “roda de ratos” de uma vida medíocre, mas esperado por muitos.
De um certo modo, para aqueles que decidem aderir, experimentar, se permitir ter a experiência, acaba tendo acesso a treinamentos e trabalhando a sua personalidade, onde cedo ou tarde, vai “morrendo” para o mundo “exterior”.
Seus hábitos, sua visão, acaba transformando a visão da empresa, e, em determinado momento, você percebe que nada faz sentido se não consumir seus produtos e divulgar a oportunidade.
Em alguns casos, você se sente tão envolvido e preso ao negócio, que acaba perdendo amigos, dinheiro e família, que não entende a sua transformação e sua nova visão de mundo.
Muitos realmente mudam para melhor. Promovem mudanças significativas na família e amigos. Uma liberdade financeira e de vida, que dificilmente se consegue fora de uma plataforma e da estrutura de empresa do mercado de MMN.

Será essa a experiência que o Zack teria oferecido ao Kyle?
Convido você a passar pela experiência, assistindo a esse filme que me impressionou. Confuso, distópico, mas te leva a pensar e refletir.
Tirando essa minha lógica da mensagem subliminar que o filme passa, entendo as baixas avaliações. Assista olhando pelas mensagens nas entrelinhas de cada cena e adversidade que o protagonista terá que desenvolver, e a grandiosidade de uma ótica e ética singular do diretor Karl Mueller, revelará uma verdade. Será a sua? O longa encontra-se disponível no catálogo da Netflix.
★★★★★ 5/5
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