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Crítica de O Menino e A Garça

  • mindinmaia
  • 8 de mar. de 2024
  • 2 min de leitura


Hayao Miyazaki, uma lenda viva do cinema de animação, que deu vida a filmes inesquecíveis para o Studio Ghibli, como A Viagem de Chihiro, O Castelo Animado, e Meu Amigo Totoro, decidiu sair da aposentadoria para criar O Menino e a Garça. Este filme chega com o desafio de atender às altas expectativas geradas pelas obras anteriores de Miyazaki, cada uma conhecida por sua narrativa profunda, personagens carismáticos e visuais deslumbrantes.



Em O Menino e a Garça, somos apresentados a Mahito Maki, um jovem resiliente que, após a morte de sua mãe durante a Segunda Guerra Mundial, se muda para o campo. Lá, ele se esforça para se adaptar à nova configuração familiar com seu pai e uma nova madrasta, ao mesmo tempo em que é atormentado por lembranças dolorosas e visões de uma garça enigmática.



Essa garça conduz Mahito a um mundo alternativo repleto de magia e perigos, onde ele embarca em uma missão heroica para resgatar sua madrasta e, quem sabe, reencontrar sua mãe.


O protagonista, Mahito, é um personagem complexo, que carrega o peso e a angústia de perder a mãe em um trágico incêndio, um evento pelo qual ele carrega uma certa culpa. Seu pai, frequentemente distante devido ao trabalho, e sua nova madrasta, Natsuko, que guarda uma semelhança perturbadora com sua mãe, compõem o pano de fundo emocional contra o qual a história de Mahito se desenrola.



A transição para a vida no campo serve como catalisador para as aventuras de Mahito, guiadas pela misteriosa garça cinza, em um mundo fantástico que espelha de maneira intrigante a sua realidade.


No entanto, O Menino e a Garça enfrenta críticas por alguns aspectos de sua execução. A narrativa, embora intencionalmente repleta de referências à vida e à carreira de Miyazaki, é às vezes percebida como truncada e menos brilhante do que em filmes anteriores do diretor.



A segunda metade do filme, em particular, é marcada por um ritmo acelerado que deixa pouco espaço para o desenvolvimento profundo dos personagens e das situações, um contraste com o ritmo contemplativo habitualmente associado às obras de Miyazaki.


Visualmente, o filme é um espetáculo à parte, mantendo a excelência técnica pela qual o Studio Ghibli é conhecido. A animação brinca com geografias fora do modelo e cores mescladas. Os designs de personagens e criaturas no mundo alternativo são tanto cativantes quanto inquietantes, mantendo o espectador em um equilíbrio entre admiração e desconforto.



Apesar disso, O Menino e a Garça raramente alcança aqueles momentos de pura maravilha visual que se tornaram uma marca registrada de Miyazaki, faltando imagens que permaneçam na memória do espectador muito depois do fim da exibição.



Embora O Menino e a Garça possa não atingir o patamar visual e narrativo de clássicos anteriores do Studio Ghibli, ainda assim representa um feito notável na animação, refletindo a busca contínua de Miyazaki por inovação e expressão artística, mesmo diante do desafio de superar seu próprio legado.


★★★★☆ 4/5

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