Crítica de Drive My Car (Doraibu Mai Kã)
- mindinmaia
- 2 de mar. de 2022
- 2 min de leitura
Atualizado: 28 de jun. de 2022

Drive My Car, título original “Doraibu mai kā”, é um filme Japonês, estreado em Agosto de 2021, que trata-se de um longo drama (quase três horas de filme), que está indicado ao Oscar de Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Filme Internacional em 2022.
A obra é composta por atores mais conhecidos no Japão, como o protagonista Hidetoshi Nishijima (Yusuke Kafuku), onde ficou mais conhecido internacionalmente por esta obra. Reika Kirishima, atriz japonesa, que tem em seu currículo atuação no filme Godzilla: Final Wars, programa televisivo Strawberry Night, além de ser a personagem central da trama. Ela não chega a ser a protagonista, mas a trama se baseia muito nas relações e conexões de Oto Kafuku, personagem interpretada pela atriz. Além de Masaki Okada (Koji Takatsuki), que já é conhecido por vários dramas japoneses.
Dirigido pelo premiado diretor japonês Ryusuke Hamaguchi. O drama se passa na relação de Yusuke e Oto. Um casal japonês, que trabalha com criação de criação de textos e peças teatrais, onde acontece um trauma em suas vidas, e após esse evento, Oto começa a se inspirar em suas criações de uma forma bem singular.
Os protagonistas e coadjuvantes do drama vão se descobrindo, se revelando e se perdoando por erros do passado, ao ponto que possam vencer traumas e dramas e assim seguir em frente.

O veículo, é um dos pontos seguros de trabalho e “libertação”. Uma espécie de “divã”, para alguns personagens da trama. Onde relatos, confissões e aprimoramentos artísticas são vividas e narradas entre trajetos feitos dentro de um veículo vermelho. Um xodó do protagonista, já que o veículo, notoriamente é mais rústico do que a época em que a trama se passa.
Com típicos diálogos quase robóticos, tradicionais em filmes e animes japoneses. Onde, culturalmente se passa certa frieza nas emoções corporais, porém com textos que retratam bem emoções reprimidas corporalmente.

O filme leva pontos por ser inclusivo. Com personagem interpretada pela Dae-Young Jin (Kon Yoon-su), que se comunica por linguagem de sinais Coreana. Que me parece ser diferente das linguagens de sinais usadas habitualmente. Essa sim, consegue expressar bem seus sentimentos corporalmente.
Inclusões como esta têm ganhado pontos pela academia nos últimos anos. O que pode ter ajudado na indicação do drama.
A trama em certos momentos parece ser bem massante, ficando quase entediante, ao ponto de você achar que o filme está durando bem mais do que já é. Não passando nenhuma mensagem que se possa levar pra vida, e sim uma particularidade pontual de um casal e seu modo de criatividade, o filme, mesmo indicado, não vejo como grande chances de levar a estatueta. Claro! Tudo é possível, e posso errar feio. Porém, frente aos concorrentes, acredito que terá de haver muita “boa vontade” dos críticos da academia, para que esta obra leve essa estatueta para o japão.
★★☆☆☆ 2/5
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