Crítica de Divertidamente 2
- mindinmaia
- 16 de jun. de 2024
- 3 min de leitura
Divertida Mente 2 é uma das produções mais esperadas do ano. O primeiro filme conquistou crítica e público, mas é com prazer que afirmo que este segundo capítulo não só atende às expectativas, mas as supera.
Para quem ainda não viu ou não se lembra bem do primeiro filme, aqui vai um rápido resumo. A história descreve a vida de Riley (Isabella Guarnieri) uma garota de 11 anos de idade que teve de enfrentar mudanças muito importantes em sua vida, enquanto seus pais decidem deixar sua cidade natal, mas o foco principal está no surgimento e no papel das emoções responsáveis por seu comportamento.
Riley tem as seguintes emoções: Alegria (Miá Mello), que representa felicidade e otimismo, e tenta manter Riley sempre feliz e animada; Tristeza (Katiusca Conoro), que representa a melancolia e o desânimo, é percebida como um problema por outras emoções que não compreendem a sua função; Medo (Otaviano Costa), que representa cautela, alertando Riley sobre perigos e evitando situações perigosas; Raiva (Leo Jaime), representando indignação e irritação, defende a justiça; e Nojinho (Dani Calabresa), que representa nojo e repulsa, protege Riley de coisas prejudiciais, física e socialmente.
O filme destaca como essas emoções funcionam na mente de Riley, ao mesmo tempo que ilustra a dinâmica emocional de seus pais. Observando o que se passa na mente dos pais dela, percebemos que eles possuem as mesmas cinco emoções primárias, o que mostra que ao longo da vida aprenderam a administrar suas emoções, transformando e gerenciando de forma mais complexa.
A representação das emoções nos adultos sugere que, ao longo do tempo, as emoções passam por um processo de integração e maturação, acabando por ficar escondidas em partes mais profundas da mente, como a ilha da personalidade ou o subconsciente.
Em vez de repetir a fórmula do original, a trama se expande e amadurece, introduzindo novas situações. Com data de estreia para o dia 20/06 a aguardada animação promete, encantar o público com a nova fase da vida de Riley. A trama segue a menina enquanto ela se prepara para um acampamento de hockey e lida com a mudança de suas melhores amigas para outra escola, exatamente no momento em que o centro de controle passa por uma demolição, dando lugar a novas emoções. Agora com 13 anos, ela irá enfrentar a turbulenta puberdade, já que agora ela é uma adolescente.
A direção de Kelsey Mann mantém o tom leve e humorístico esperado de um filme da Pixar, mas falta a profundidade emocional que marcou o original, especialmente nas cenas mais dramáticas.
A história é mais séria e voltada mais para os adultos, mas mantém seu encanto infantil. Nos lembrando que todas as emoções importam, que as mudanças são inevitáveis, que as crises levam ao autoconhecimento e destacam a importância de se expressar.
O filme se distingue pelo seu lado aventureiro mais envolvente e divertido, com piadas na versão dublada em português que garantem risadas do início ao fim. A emoção Ansiedade, destaca-se como uma tentativa de proteção que muitas vezes resulta em autossabotagem, refletindo a cobrança excessiva e a competitividade compulsiva, é abordada de forma séria, com uma interpretação impecável de Tata Werneck.
Além de Ansiedade, conhecemos emoções como Inveja (Gaby Milani), Tédio (Eli Ferreira), Vergonha (Fernando Mendonça) e Nostalgia, apesar de menos tempo de tela, deixam uma marca significativa.
Divertida Mente 2 vale a pena ver no cinema. A história é envolvente e emocionante, superando seu antecessor e se destacando como uma das melhores sequências da Pixar. Vale cada centavo do ingresso e proporciona uma experiência divertida e tocante. Ps: Não se esqueça de ficar até o final dos créditos para uma cena pós-créditos especial. ★★★★☆ 4/5
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