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Crítica de A Redenção: A História Real de Bonhoeffer

  • mindinmaia
  • 6 de dez. de 2024
  • 2 min de leitura


A Redenção: A História Real de Bonhoeffer é um drama baseado na vida de Dietrich Bonhoeffer, um teólogo alemão que enfrentou o regime nazista durante a Segunda Guerra Mundial. A Paris Filmes, em colaboração com a 360 Way Up, apresenta o filme que narra a trajetória moral e espiritual de um homem que, impulsionado por uma fé inabalável, se deparou com dilemas éticos complexos, escolhendo combater o mal ao invés de se calar.



O longa-metragem tem como objetivo contar a história de Bonhoeffer (Jonas Dassler) como pastor, agente secreto e conspirador, em uma narrativa que aborda os obstáculos de agir corretamente em um período de severa repressão. A influência da música gospel e da resistência cultural afro-americana em 1930 é um dos aspectos mais interessantes do longa, proporcionando um olhar mais amplo sobre as motivações do teólogo.


Filmes como A Redenção são fundamentais para o público atual. Eles não só resgatam relatos autênticos de bravura e abnegação, como também instigam reflexões acerca da ética, da responsabilidade pessoal e da resistência ao autoritarismo, tópicos que persistem pertinentes nos dias de hoje. A história de Bonhoeffer, mesmo fundamentada em acontecimentos históricos, apresenta mensagens universais sobre a resistência à opressão e os sacrifícios pessoais ao optar pela integridade.



Contudo, o filme possui algumas deficiências que prejudicam a experiência. Mudanças desnecessárias, como a transferência do local de falecimento de Flossenbürg para uma propriedade rural isolada, comprometem a veracidade do trabalho. Ademais, lacunas consideráveis na sua trajetória provocam descontentamento, principalmente para os espectadores que estão familiarizados com a história do teólogo. No entanto, a performance do personagem principal impede essa situação. Apesar disso, a atuação do protagonista evita idealizações exageradas, retratando Bonhoeffer como um homem vulnerável, mas determinado, o que humaniza o personagem e o aproxima do público.


Outro destaque é a recriação persuasiva do período nazista, que envolve o espectador no clima tenso daquele tempo. A análise das obras teológicas de Bonhoeffer, apesar de limitada, é eficiente para situar suas ações como crítico do regime. Contudo, algumas decisões desconexas e um prólogo do diretor pouco contribuem para a história.



A Redenção: A História Real de Bonhoeffer, apesar de suas falhas, se sobressai por transmitir uma mensagem inspiradora e perene sobre fé e persistência. Para aqueles dispostos a abraçar as liberdades históricas do filme, a produção proporciona uma experiência cativante e uma chance de ponderar sobre a relevância de não se calar diante da injustiça. É um filme que merece ser conferido nos cinemas, não apenas por sua relevância histórica, mas também por sua capacidade de inspirar coragem e esperança em tempos difíceis.


★★★☆☆ 3/5

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