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Crítica de Um Lugar Bem Longe Daqui

  • mindinmaia
  • 25 de ago. de 2022
  • 2 min de leitura


Baseado na obra da autora americana Delia Owens, que é um grande sucesso e faz parte do clube do livro da atriz e produtora Reese Witherspoon, que ficou tão apaixonada pela história ao ponto de querer promover e levar aos cinemas com os estúdios Fox.



Reese já é conhecida por suas produções áudio visual de alta qualidade narrativa, e desta vez não é diferente. Ao lado de um belo time de mulheres, Reese Witherspoon está a frente da adaptação cinematográfica do livro Where the Crawdads Sing, que em tradução literal significa "onde cantam os lagostins", mas o sentido correto em português seria algo como "onde o vento faz a curva", isto é, Um Lugar Bem Longe Daqui.



A adaptação apresenta a história de Kya Clark (Daisy Edgar-Jones), uma menina que cresceu numa casa num pântano da Carolina do Norte, enfrentando grandes dificuldades e abandonada pela mãe, irmãos, pai e sociedade.



Este forte trauma de abandono e rejeição da personagem, nos faz lembrar da metáfora da concha, em relação ao ostracismo, que é uma palavra grega que significa afastamento de um indivíduo, "As pessoas esquecem das criaturas que vivem em conchas". Que faz correlação com o que ocorreu com Kya e sua história de vida.



A protagonista cresceu solitária contado com a nutrição da natureza que a cercava, muitas perguntas, dores e a gentileza de Tate (Taylor John Smith), filho do pescador local que a ensinou a ler, que vieram a ser o alimento de sua alma. Kya absorveu muito conhecimento de livros de biologia que e transformaram o seu olhar e visão de mundo, mesmo sem poder ter frequentado a escola; e herdou os dons da mãe para ilustração.



Além de todas estas questões, ainda há o desafio histórico. Por se passar pela década de 60, temos o período de segregação racial, muito preconceito nos EUA e a separação de espaços de vivência periféricas brancos x negros.



O filme ganhou uma canção origina folk: “Carolina”, escrita por Taylor Swift e produzida com Aaron Dessner, que também coparticipou dos últimos álbuns de Folk-Pop Folklore & Evermore. Inclusive Taylor é fã do livro e pediu para escrever uma música para o filme. Normalmente a trilha sonora de um filme é escrita e acrescentada na pós-produção, mas neste caso, a diretora Olivia Newman viu tanta conexão da sua visão e da obra com os acordes que a canção moldou o tom de “suspense suave” do filme com a vibe da música.



A obra em essência é mais do que o mistério, o suspense, um romance ou uma ficção. A narrativa é muito mais sobre as problemáticas do instinto das relações humanas. É muito mais fácil julgar e rotular o diferente, agindo como um predador, ao invés de aceitar os fatos e respeitar o espaço e o outro.



A forma como a história se desenrola e o dom de Kya, sua caminhada de amadurecimento, é tão comovente que é impossível não ser cativada por uma personagem que vê o mundo através dos seus olhos.


E o final, equilibra todos os seus elementos, emoção, romance, mistério, tensão, crescimento e reflexão, de uma forma que há muito tempo não experimentava nada de novo. Um Lugar Distante Daqui estreia no Brasil em 1 de Setembro de 2022.

★★★★☆ 4/5





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