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Crítica de Classe dos Heróis Fracos

  • mindinmaia
  • há 6 dias
  • 2 min de leitura


Lançado originalmente em 2022 e inserido no catálogo da Netflix em 2025, Classe dos Heróis Fracos é um k-drama sul-coreano adaptado do webtoon homônimo. A série rapidamente se destacou por unir elementos de ação, drama psicológico e crítica social, tudo costurado por personagens densos e uma narrativa que evolui de forma progressiva e emocionalmente envolvente.


Na primeira temporada, acompanhamos Yeon Si-eun (Park Ji-hoon), um estudante brilhante que desafia os padrões típicos de protagonistas em séries sobre bullying escolar. Diferente do herói tradicional movido pela força física, Si-eun representa uma resistência silenciosa: alguém que transforma sua mente em arma, não apenas para se proteger, mas também para proteger os que ama. Essa subversão do arquétipo do herói oferece um respiro dentro do gênero, ao mostrar que coragem também pode se manifestar na estratégia, no autocontrole e na ética diante do caos.



O trio central composto por Si-eun, Ahn Su-ho (Choi Hyun-wook) e Oh Beom-seok (Hong Kyung) evolui de forma orgânica. A relação entre eles é o verdadeiro coração da história, e funciona não apenas como um laço afetivo, mas como uma trincheira contra o colapso moral que os rodeia. À medida que enfrentam o líder violento Yeong-bin e seu universo de intimidação, o espectador é levado a refletir sobre a banalização da violência nas escolas, a conivência institucional e os mecanismos de poder entre adolescentes.


A segunda temporada avança nesse mesmo universo, mas toma um rumo mais introspectivo. Ao trocar a ambientação escolar e introduzir "A Associação" um grupo criminoso formado por estudantes, a série amplia seu escopo, mergulhando em temas como tráfico de drogas, manipulação e organização mafiosa dentro do sistema educacional. Apesar disso, mantém sua essência: mostrar o impacto real do trauma juvenil e como diferentes pessoas lidam com ele.



Se a primeira temporada brilha com suas cenas de ação bem coreografadas e tensões quase cinematográficas, a segunda aposta em um drama mais maduro, emocional e até político. É uma mudança de tom que, embora possa frustrar parte do público mais atraído pela ação física, eleva a proposta narrativa da série ao propor um olhar mais empático e menos maniqueísta sobre seus personagens.


O destaque para Baku (Ryeoun), um líder respeitado que impõe a não violência, serve como contraponto ao cenário caótico em que se inserem os demais. É uma figura de liderança pacífica, que desafia a lógica do poder pela força, reforçando uma das mensagens centrais da obra: a verdadeira força está no autocontrole, na empatia e na resistência ao ciclo de violência.



Por fim, Classe dos Heróis Fracos se destaca por sua habilidade em abordar temas duros como bullying, exclusão, drogas e máfia juvenil sem cair no sensacionalismo. É uma série que respeita a dor dos seus personagens, que equilibra tensão e ternura. ★★★★★ 5/5


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