Crítica de Babanba Banban Vampire
- mindinmaia
- 6 de fev.
- 2 min de leitura
Nem toda comédia absurda consegue encontrar o equilíbrio entre o nonsense e a construção de piadas eficientes. Babanba Banban Vampire, de Hiromasa Okujima, parte de uma premissa curiosa e até promissora, mas falha em sua execução.

O protagonista, Mori Ranmaru, se baseia em uma figura histórica real, um dos favoritos de Oda Nobunaga. Aqui, no entanto, ele é transformado em um vampiro de 450 anos que trabalha em uma casa de banhos e tenta desesperadamente proteger a virgindade de um jovem de 15 anos para garantir que possa beber seu sangue "puro". A ideia é, evidentemente, cômica e surreal, buscando extrair humor do absurdo da situação. No entanto, o timing cômico é inconsistente, e as tentativas de piada raramente surpreendem.

O humor tem inspirações claras em séries como Gintama, onde todos os personagens são um pouco insanos e tomam decisões ilógicas. No entanto, ao contrário do que acontece na obra de Hideaki Sorachi, aqui falta um senso de ritmo e timing. Muitas das piadas são previsíveis ou mal estruturadas, e a direção não consegue dar o impacto necessário às cenas. Isso faz com que a série perca muito de seu potencial como comédia.

Visualmente, a animação é funcional, mas pouco inspirada. A estética se assemelha a obras como Jaken-san wa Sugu Bureru e a adaptação de Elden Ring de Tobita Nikiichi, trazendo um traço um pouco mais exagerado e cartunesco que combina com a proposta. No entanto, a simplicidade da produção não contribui para elevar o material original.

O ponto alto talvez seja sua trilha sonora, em especial a música de encerramento. O título da série faz referência à canção Ii You Dana (1966), que celebra os banhos termais e se tornou icônica na cultura japonesa. Esse detalhe adiciona um charme extra, ainda que não compense as falhas narrativas.

No fim, Babanba Banban Vampire é um experimento curioso que não atinge seu potencial. Seu humor se perde na falta de ritmo, e a execução não faz jus à bizarrice de sua premissa. Pode agradar um público muito específico que aprecia comédias absurdas sem grandes exigências, mas dificilmente se tornará uma obra memorável dentro do gênero. ★★☆☆☆ 2/5
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